quinta-feira, 16 de junho de 2011

OI!?!?!?!?!?!

Filha - “Mamãe, a mota ta mido”

Mãe – “A Tia Amanda, filha?”

Filha - “Nããão mamãe, a môta ta mido. Cóooda môta”

Mãe – “Ai filha, tira a chupeta para falar se não a mamãe não entende.” (tática desenvolvida por mim para ganhar tempo e buscar os sinônimos entre as duas línguas: português e o beatrizes. Geralmente dá certo)

Filha - “Mamãe, a mota ta mido.”

Mãe – “AAhhhh. A moça está dormindo?”

Filha – “Ééééééé, mamãe. Códa mota.”

Mãe – “Acorda, moça.”

Esses momentos em que a Maria Beatriz fala e eu não entendo são bem raros hoje em dia.  Mas ainda sim acontecem.
A verdade é que quando ela começou a falar, do jeitinho dela, Giovane e eu decoramos as palavras do dialeto que ela inventou.

A gente sabe que tête é verde, paoteto é pão de queijo, pita é pizza, véia é a Vera (que trabalha lá em casa), tauião é tchau, avião, lula é lua e por assim vai…
E sempre que ela pronuncia uma palavra nova, a gente decora pra não dar fora depois. Porque sim, a gente já deu muito fora.

E a Maria Beatriz se esforça, às vezes fala sílaba por sílaba, pau-sa-da-men-te. Sem resultado.
Quando eu desisto, solto um conformado: é, filha?
Se faz sentido ela me responde satisfeita: é, mamãe.
Se não faz ela fica me olhando com cara de interrogação do tipo: OI?!?!?!?!
Eu faço a louca e mudo de assunto.

No final das contas, o Giovane eu nos divertimos muito.
Hoje cedo , por exemplo, eu ri sozinha.

Conheço todos os amiguinhos dela da escola porque ela fala bastante neles.
A melhor amiga é a Juju Castro (acho tão fofo quando as crianças se chamam por nome e sobrenome).
E a Juju Castro é chamada assim porque existe outra Juju, a Bello.
Sempre que falamos nos amiguinhos e chegamos nas Jujus e eu digo Juju Bello, a Beatriz me corrige.
Aquele papo de falar pau-sa-da-men-te.
“Mamãe, é Juju Be-llo”
Ela fez isso umas três vezes e depois desisitiu.
Eu achei meio estranho no começo, mas como ela parou de me corrigir me dei por satisfeita.

Hoje cedo quando chegamos na escola, a secretária disse para a Beatriz: “Vamos, Bê. A Juju Castro já chegou”
Aí eu me lembrei dessa história e fui confirmar o sobrenome da outra Juju.
E finalmente entendi a aflição da minha filha.
O sobrenome é Ribeiro. Ri-bei-ro!!!!!!
Ri muito. Muito mesmo.

Estou há pelo menos um mês chamando a menina de Juju Bello (sim, na minha cabeça tinha dois l e tudo).
Finalmente deu pra entender a cara de OI?!?!?! da minha filha.
Ô se deu…

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkk
    Tô aqui rindo muito da cara de "oi?" da Beatriz porque as minhas gêmeas ainda fazem muito essa cara pra mim. A Camila tem um "luli-luli" que ela fala toda vez que se enrola nas conversas e eu não decifro aquilo nem a pau. A ALine já é mais articulada, mas volta e meia me enrolo com ela também.
    Agora tem a pequena começando a falar também, mas essa é muito esperta, vai falar bem mais rápido que as irmãs...

    Beijos

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  2. Que saudades nós vamos sentir dessa falinha da MB. Como é gostoso ouví-la falar as palavras dela. Dá sim, uma certa aflição quando não consigo entender e ela repete várias vezes: vovó é.... Não vovó é ...Fica difícil! Dói o coração...

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  3. Olá! Andei visitando seu blog e adorei. Pretendo te visitar mais vezes e te seguir para obter dicas de outras mães que, como eu, querem aprender a cada dia a tarefa de SER MÃE. Parabéns pelo blog e faça uma visitinha no meu. Bjs.

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