sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Não, de novo não!!
Além de estar passando mal de sono eu estou enlouquecendo tentando descobrir onde foi que eu errei!
Sim, porque deve ter tido o primeiro dia em que ela pediu o mamá e eu dei. Mas não me lembro quando e como isso aconteceu.
E aí eu fico pensando como chegou a esse ponto.
Onde eu estava quando isso aconteceu?
E agora eu tenho que correr atrás do preju.
Porque do jeito que está, não vai dar certo.
Eu não sou daquelas que deita e dorme rapidinho. Conclussão: passo quase a madruga inteira rolando na cama.
Quando a gente acha que está tudo sob controle, surpresas aparecem!
Pois é....#vidademae.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Minha amada filha,
Já estamos habituadas a esse caminho, às cantorias e dancinhas, ao tchau para qualquer ônibus, caminhão ou moto que passa por nós...afinal, fazemos esse mesmo percurso desde os seus quatro meses de vida.
Você era um nada de gente.
Naquela época, tão novinha não entendia nada, não reconhecia a escola quando eu estacionava o carro, acho que nem percebia que eu me afastava, não fazia festa quando via seus amiguinhos e nem para as tias que cuidam de você. Naquela época eu não sentia muitas saudades suas também. Talvez por isso tenha sido mais fácil deixar meu bebezinho, tão pequeno e indefeso, o dia todo aos cuidados de outras pessoas.
Nosso começo foi bem turbulento. Muitas vezes eu me culpei (e às vezes ainda me culpo, coisas de mãe) por não ter te dado colo, amor e atenção quando o que você mais precisava era de uma mãe. Muitas vezes mesmo sem você entender te pedi perdão por qualquer mal ou trauma que eu possa ter te causado (já conversamos que a terapia é por minha conta). Quanto medo eu tinha de que a minha doença tivesse te prejudicado de alguma maneira e o quanto eu rezei e pedi com força para que você saísse ilesa daquela confusão toda. Só nós sabemos pelo que passamos.
E aí você cresceu. Virou uma menininha linda. Muito independente e determinada.
Hoje foi seu primeiro dia na sala de aula. E a sua firmeza e segurança ao entrar na escola, passando reto pela porta do berçário como se ela nem existisse, sem nem olhar para trás, me fizeram ter a certeza de que por mais que eu tenha sido ausente no seu começo de vida você está se saindo muito bem. E o meu coração se encheu de orgulho, felicidade e amor por você.
O que eu mais quero, Maricota, é que você seja plena e feliz. Que tenha segurança para experimentar, para passar pelas etapas da sua vida, aproveitando o melhor de cada uma delas.
Que as suas pernocas te levem longe, filha.
A minha maior felicidade é te ver crescer, se tornar uma pessoa inteira, certa do que quer. E você, do alto dos seus 1 ano e 7 meses, já sabe o que quer.
Eu não vou mais a lugar algum. Meu lugar é na Terra e não em Marte.
Vou ter os braços abertos e meu colo sempre, sempre disponível para você.
Sua mãe.
Mãe de Menina
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Regras da Vida
Quando a Maria Beatriz nasceu eu não via hora de voltar à ativa. Eu achava que essa seria a salvação dos meus problemas. Engano meu.
Ok, a depressão pós parto contribuiu bastante para esse comportamento. Naquela época, tudo que me tirasse de casa e de perto da minha filha eu abraçava, sem pensar.
Hoje é diferente. Porque estou diferente.
Saí do meu emprego no meio de janeiro, depois de um mês de férias. Férias da vida corporativa. Um mês trabalhando apenas como mãe. E tenho que dizer que é o melhor emprego do mundo.
A Beatriz já está maiorzinha, mais independente, mas ainda sim me solicita bastante, claro.
E desde que estou em casa tenho pensado muito nisso (sem culpa! que progresso!): se com 1 ano e meio ela precisa ainda tanto de mim, imagina como era antes dela completar o primeiro ano de vida.
Sinceramente não me lembro muito dessa época, mas suponho que era muito, muito mesmo.
E tenho que admitir que a conclusão que tiro disso é que se as minhas condições emocionais fossem outras eu teria ficado em casa sim, com o maior prazer do mundo. E que agora eu entendo as minhas amigas que pararam de trabalhar quando se tornaram mãe.
Sem preconceito. A gente não emburrece quando fica em casa cuidando do filho. O que eu aprendo como mãe da Maria Beatriz curso nenhum, nem trabalho nenhum vai me ensinar. Ficar com ela para mim e um intensivão de jogo de cintura, paciência, argumentação e persuasão, aulas de canto e dança, persistência, autoconhecimento, improvisação, criatividade e resistência física entre outros.
Nossa convivência não tem substituição a altura. E chegar ao final do dia e não estar cansada e nem estressada faz com que eu aproveite muito mais os abraços e beijos que ela me dá.
Não, não estou querendo dizer com isso que eu não vou voltar a trabalhar.
Eu gosto de trabalhar, sempre gostei, faz parte de quem eu sou.
E só que hoje eu enxergo tudo de maneira diferente. Entendo que a nossa vida é feita de fases. Tudo tem sua hora.
Minha amiga Ju Matheus disse uma vez que filhos são o "melhor projeto de nossas vidas".
São mesmo. E todo bom profissional sabe que um projeto para dar certo precisa de total dedicação do autor/criador no início de sua existência.
Mãe de Menina
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Dizer não cansa demais.
E ao final do dia é só esticar o corpo na cama, colocar os pés para cima, ter uma boa noite de sono (ou não) e tudo resolvido.
E aí eu me dei conta de que o cansaço é mental. E tem dias que estou realmente exausta.
Maria Beatriz sempre foi obediente, mas de uns tempos para cá ela está terrível. Me testa a todo momento e vai até o fim. Eu tenho que repetir não pode inúmeras vezes, ou inventar algo para distraí-la, ou dar bronca, ou deixar de castigo, ou tirar o brinquedo, ou mudá-la de ambiente.
É muito, muito, muuuito desgastante e beeeem solitário.
E apesar de muito necessário, eu me canso de dizer tanto não.
A Beatriz está mimada. No começo das férias o Giovane e eu conversamos sobre isso e eu fiquei até de conversar na escola. Ela tem tido verdadeiros ataques.
Primeira filha, neta, sobrinha, prima e blá blá blá. E ainda xodozinho do berçário! Ela acha que pode tudo e se acha dona do mundo!! E vou te dizer, não tem como ser diferente. Nós, pais, controlamos o quanto dá, mas às vezes fica difícil.
Todo mundo sempre pronto para rolar no chão, para deixar ela fazer o que quiser, para achar tudo fofinho....ela deita e rola!
Eu entendo o outro lado, de querer agradar sempre, aproveitar ao máximo, curtir cada fase. Eu sei melhor do que ninguém o quanto ela é gostosa. Mas confesso que essas influências externas não facilitam em nada a minha vida de mãe. E sim, sei que tenho que aprender a conviver com elas.
Eu sempre achei, e ainda acho, que criança tem que aprender desde bebezinho a ouvir não e a entender que existem momentos e momentos, para tudo. Tem que saber que nem sempre a titia vai estar afim de brincar e às vezes vai preferir assistir a novela. Ou que o vovô não perde o jogo de futebol por nada, muito menos para assistir a Galinha Pintadinha pela vigésima vez...e por aí vai.
Eu mesma digo não para ela. Porque eu tenho as minhas coisas para fazer, meus momentos de ficar de pernas pro ar. Sou mãe mas sou filha de deus! Nem sempre eu estou com vontade de brincar de massinha sentada no chão. E não sou menos mãe por causa disso. Nossos momentos juntas são incríveis e muito divertidos.
Mas acho que a gente cria indivíduos que tem acima de tudo, que aprender a conviver consigo mesmo.
E mais: além de mim, que travo verdadeiras batalhas com ela e gasto muita energia com isso tudo, quem mais sofre é a própria Beatriz. Acho que quanto mais cedo a criança aprender a ter paciência, a saber que existem as vontades e as necessidades do outro, a ficar sozinha, a não ter tudo nas mão o e na hora que ela quer, melhor.
Eu sei que educar é um processo. Aprendizagem é um processo. Que os mimos fora de casa fazem parte. Que muitas mães já passaram e vão passar por esse momento. E que está só começando. Sei de tudo isso.
Mas acho importante levantar o assunto.
Porque quando a gente cresce e vira gente grande, o mundo lá fora não está à nossa disposição.
E os castigos podem ser bem mais dolorosos do que ficar sentada num canto pensando no que fez de errado.
Mãe de Menina
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O limite da vaidade
Maria Beatriz é muito vaidosa. Muito mesmo.
Outro dia eu estava na cozinha fazendo a lista de compras do Super e ela apareceu com 1 par de sapatos. Pediu para eu colocar nela. Coloquei e ela foi embora. Foi e voltou com outro par de sapatos me pedindo para trocar. Troquei. Ela foi embora e apareceu com o terceiro par de sapatos. E assim foi, até ela colocar todos os que ela tem. Minha filha adora sapatos.
Ultimamente, às vezes, ela tem saído de bolsa. Sim, de bolsa. Fomos outro dia ao shopping e andamos de mãos dadas, cada uma carregando a sua bolsa.
E óculos escuros. Estávamos minha mãe e eu andando pela rua do bairro e ela pegou o óculos da minha mãe e colocou nela. E assim ficou durante todo o passeio. Como se fosse gente grande.
Todos os dias de manhã enquanto eu me maquio Maria Beatriz brinca com as minhas coisas. Ela finge que passa batom, blush...
Quando eu estou fazendo as unhas ela brinca com os meus esmaltes, pede para abri-los. Eu não abro, mas mesmo assim ela finge que passa na unha dela. Ou então pega a lixa de unha, fica me observando de rabo de olho e tentando fazer igual. Como eu faço.
A Beatriz tem pulseiras. Sim. E antes de ter as dela, usava as minhas. Aliás, por esse motivo que ela agora tem as dela. E ela adora usá-las.
Em casa eu geralmente fico de faixa no cabelo. Para segurar essa franja maldita que eu resolvi cortar e que não cresce nunca. Dia desses ela subiu em mim, literalmente, tirou a minha faixa e colocou na cabeça dela. E ficou assim, andando e brincando pela casa.
Quando ela coloca um vestido fica toda exibida. Mostrando a roupa para quem quer que seja.
E agorinha, nesse momento, ela está de colar. Minha mãe estava usando e MB pediu para colocá-los. Está brincando de massinha, usando colar.
Eu acho bunitinho, charmoso...mas me preocupo um pouco. Ou bastante às vezes.
Já li várias reportagens a respeito de meninas que se maquiam, pintam as unhas e usam salto com 3, 4 anos.
Eu acho muito cedo. Outro dia vi uma delas toda produzida, brincando de boneca. As mães dizem que é difícil segurar. Que as amiguinhas influenciam demais. E que liberam somente maquiagem infantil. Ou salto somente em festas e aos finais de semana.
Eu até acredito que deva ser uma verdadeira guerra. Mas quem manda afinal? Quem tem quem que obedecer quem nessa relação?
Ok, OK. Eu tenho espelho em casa sim. Sei que os pequenos incentivos que ela recebe já contribuem para um futuro, digamos, bem feminino. Mas acho que vaidade tem que ter limite. Em todas as idades.
E não quero ver a minha filha de transformando em um mini-adulto.
Puxa vida, ela vai ter a vida inteira para se produzir, se enfeitar. Ás vezes até por obrigação. Me lembro quando eu trabalhava no aeroporto e tinha que me maquiar e arrumar o cabelo todos os dias. Fora o salto alto! Era uma tortura!
O que criança tem de mais lindo é que é pura, não precisa de ferramentas para conquistar, é assim e pronto. Sem make.
Estava conversando com a Vera que trabalha lá em casa outro dia, ela tem um menina de 3 anos que às vezes passa batom.
Eu perguntei se ela não era nova demais para isso e ela me respondeu: nos dias de hoje, a gente tem que aprender a ceder um pouco.
Fiquei com isso na cabeça. Será que tem? Não tenho total certeza sobre isso ainda.
Não sou muito de ceder (Giovane pode confirmar isso).
E eu conheço a minha filha. Ela é dura na queda.
Vai ser uma batalha.
Dores e delícias de ser Mãe de Menina
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Utilidade pública: dicas para um pós parto mais feliz!
E daí achei dicas para um melhor pós parto para quem teve bebê, tanto de cesárea como parto normal.
Resolvi ver se eu tinha passado no teste.
O texto é longo, mas instrutivo.
Vamos ver...
PS - Casa Moara merece um post exclusivo. Tenho consulta dia 9 de fevereiro lá e depois conto como foi. Indicação da minha amiga Fê Miura. Acho que eu vou adorar!
Cesariana – Dicas para recuperação no pós-parto
O parto através de cesariana é uma cirurgia abdominal de grande porte. As novas mamães precisam e merecem ter um apoio a mais durante esse período especial de pós parto e recuperação. Cada mulher que passa por uma cesariana, planejada ou não, reage à cirurgia de uma forma diferente.
Algumas mulheres se recuperam fisicamente com muita rapidez, outras relatam que a recuperação levou semanas e até meses. Evite colocar limites de tempo. Emocionalmente, os sentimentos das mulheres em relação à cesárea variam em amplitude, desde aceitação completa, até decepção ou profunda tristeza. Algumas mulheres necessitam do suporte emocional tanto quanto do suporte físico para uma recuperação saudável.
Cada mulher se recupera e assume seu novo papel de maternidade em seu próprio ritmo. Com o tempo, você retomará seu nível de energia e sensação de bem-estar.
Veja abaixo algumas dicas para aliviar a dor e ajudar na recuperação física.
No hospital:
• Solicite assistência física, e mantenha o botão para chamar as enfermeiras em fácil alcance.
Não fiz.
• Tome medicação para dor o quanto for necessário para o seu conforto. Tente evitar medicações para dor que contenham morfina, pois estas causam constipação, tornando difícil evacuar depois da cirurgia.
Sim! Medicação sem morfina.
• Se possível, consiga um quarto privativo para que alguém da família possa ficar com você. Feito. Meu maridão dormiu comigo todos os dias. Mas dormiu meeesmo! Me lembro de uma noite em que eu queria desligar a TV porque estava passando filme de terror e eu estava com medo. Quem disse que ele acordava??? hahaha
• Use travesseiros para apoiar seu abdome quando virar-se, sentar-se, tossir, e principalmente quando amamentar o bebê.
Não fiz isso, ninguém me contou. E doía muuito.
• Descanse tanto quanto possível e limite as visitas. Se possível, durma sempre que o seu bebê dormir.
Há! Pegadinha!!
• Balance-se numa cadeira de balanço assim que possível depois da cirurgia – para acelerar a recuperação e reduzir os gases.
Guardaram segredo também.
• Faça pequenas caminhadas.
Done!
• Coma alimentos nutritivos e beba muito líquido. Evite bebidas geladas e gasosas.
Me alimentaram muito bem no hospital. Vida de rainha!
• A cirurgia irá deixar seu trato digestivo lento. Para ajudar na constipação, tente um composto a base de fibras, nunca um laxante.
Não tive maiores problemas nessa área. hehe
• Cada vez que se colocar de pé depois da cirurgia, alongue-se para descomprimir os músculos estomacais e reduzir as aderências.
Mas nem a pau!! E a dor??? Faz o que???
Em casa:
• Tenha vários locais organizados para a troca de fraldas assim poderá trocar seu bebê mais facilmente.
Humm....
• Deixe outras pessoas fazerem os serviços domésticos como cozinhar, limpar e lavar roupas. Minha mãezinha se encarregou disso. Mesmo porque quando voltei da maternidade tinha uma carta de demissão da minha faxineira, endereçada ao Giovane. hahah
• Examine a incisão diariamente, ou peça para alguém fazê-lo, atentando para vermelhidão local, que pode ser sinal de infecção.
Não consegui...mal encaro meu corte até hoje.
• Tenha uma lista das coisas a serem feitas, assim quando as pessoas perguntarem, você pode se lembrar do que precisa ser feito.
Eu não sabia nada de nada. Estava em Marte. Feia a coisa.
• Cuide somente de você mesma e de seu bebê.
Eu e a torcida de Flamengo cuidamos da Maria Beatriz.
• Lembre-se de não levantar nada mais pesado do que seu bebê.
Feito!
• Fique de roupas de dormir, assim as pessoas se lembrarão que você está se recuperando de uma cirurgia.
Pijama o dia todo!! Não precisava nem pedir!
• Por outro lado, algumas vezes tomar banho, colocar uma bela roupa e se arruma pode fazer maravilhas psicologicamente.
Vamos pular o assunto do banho. (sem julgamentos, eu tive depressão pós parto!)
• Mesmo no hospital, vestir suas próprias roupas pode ajudar.
Fiz isso!! Presente da tia Maria Celia.
• Mantenha o bebê perto de você durante a noite assim não precisará levantar-se.
Maria Beatriz dormiu 20 dias do meu lado. Ajuda bastante mesmo. Ainda mais se for inverno.
• Tenha uma cesta que você pode carregar facilmente com lanchinhos nutritivos, kit para unhas, loção hidratante, um livro e outras pequenas coisas necessárias.
Oi??? Não entendi.
• Coma bem e beba água abundantemente. Tenha uma jarra de água ou suco perto de você.
A parte da comida foi mais ou menos. Não sei como eu voltei ao meu peso em 2 meses. Tenho vergonha de lembrar o que eu comia e a quantidade. Não tinha hora. Uma draga!
• Se você tem outros filhos, peça assistência de familiares e amigos para cuidar deles.
Não foi meu caso.
• Aumente as atividades gradualmente.
Mesmo porque, a vida continua...
Para estimular a recuperação emocional:
• Mantenha seu bebê próximo de você tanto quanto possível e esforce-se para conhecer seu novo bebê.
Culpa. Culpa. Culpa!
• Amamente seu bebê para estimular os laços afetivos e liberar hormônios maternais benéficos. Amamentei, muito contra vontade. Então acredito que não contribuiu muito para estimular os tais laços afetivos.
• Compartilhe seus sentimentos com outras pessoas e fale sobre sua recuperação tanto quanto sentir necessário.
Sem comentários.
• É normal experimentar uma grande gama de emoções incluindo alívio, alegria, tristeza, raiva e sentimentos de perda ou fracasso.
Sem comentários.
• Escreva a história do nascimento do seu bebê.
Meu blog!!
• Escreva cartas para o hospital e seu médico, explicando o que você gostou e não gostou no seu parto – você pode enviá-las ou não, mas pode ser muito útil colocar seus pensamentos em ordem no papel.
Será?
• Busque ajuda de fontes disponíveis tais como grupos de apoio à amamentação, a pais e a mulheres que passaram por situações semelhantes.
Voltei para a terapia. Vale, né?
• Leia livros sobre parto natural, parto cirúrgico e parto vaginal depois de cesárea (“VBAC ” é a sigla em inglês). Há muitas razões pelas quais um parto pode ter terminado em uma cesárea. Se está planejando ter mais filhos, é importante saber que é muito provável que você possa ter um parto normal da próxima vez e que isso é muito melhor para você e para o bebê.
Minha fase atual.
• Quando estiver pronta para informar-se sobre “VBAC”, alguns grupos podem ajudá-la a encontrar a informação e o apoio que precisa.
Pronta para outro filho? Muita calma dessa hora!
Mãe de Menina
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O maior Au Au do mundo!
Deve ser geral, porque andei reparando que os DVDs, livros infantis dão mais ênfase aos cachorros e às galinhas. A Galinha Pintadinha mesmo, charmosa que só ela, é sucesso absoluto!
Então esses dias estávamos em Americana, na casa dos pais do Giovane, e decidimos levá-la ao Parque Ecológico. Que tem esse nome mas a carinha é de Zoológico mesmo.
Primeiro as aves, era Cocó de todo tamanho, cor, barulho, jeito de andar e voar. A Beatriz hora ficava animada, hora ficava com medo. Também, tinham uns Cocós do tamanho dela.
Passamos pelo Hipopótamo. Chamamos ele para fora da água: vem Popó!! Mas quando ele saiu, ela ficou com medo e seguimos então nos despedimos. Cá entre nós, ele não é dos mais agradáveis de ser mesmo.
E chegamos na jaula do Leão. O bicho é grande! Lindo, mas grande demais. Eu mesma estava meio aflita ali pertinho, com apenas uma grade nos separando. Mas a Beatriz não se intimidou. É o maior Au Au que ela já viu ao vivo e a fascinação que ela tem por cachorro é algo maluco demais.
Vimos ele um pouquinho:
E continuamos o passeio. De longe, a Beatriz ouviu o rugido. Parou para prestar atenção e então quis voltar.
Voltamos. E aí ela começou a imitá-lo! Como o Au Au faz, filha? E ela abria a boquinha e fazia barulho. Hahaha morremos de rir!
Ela adorou o passeio. A gente estava meio em dúvida se ela ia curtir ou não porque ser pequena. Mas curtiu muito! E depois de tantas emoções, nada como um suquinho para repor as energias.
domingo, 19 de dezembro de 2010
A arte de saber dividir
Como estamos, Giovane e eu, em férias, pensamos em curtir a família tomando um solzinho, com o pé na areia. Mas São Pedro não colaborou, choveu o tempo todo!
Com isso, em certos períodos do dia, a sala de brinquedos do hotel bombava de crianças cheias de energia e mães tensas com o clima lá fora.
Eu levei meu kit sobrevivência: giz de cera, caderno de desenhos e massinha. A certa altura estavam todas as crianças pintando e sujando o chão com massinhas coloridas. Fiquei observando a reação da Maria Beatriz quando eu emprestei as coisas dela. Ela ficou atenta no começo, observando cada movimento de cada criança. Mas depois achou divertido e ela mesmo dividia. Ela ADORA criança. Gosta de companhia sempre.
No dia seguinte, na mesma sala de brinquedos, chegou um amiguinho novo. Mais velho, devia ter uns 5 ou 6 anos. A mãe, mais prevenida do que eu, tinha uma sacola enorme de brinquedos. E assim que as crianças começaram a chegar ela abriu a sacola e começou a distribuir tudo o que tinha lá dentro. A expressão do menino foi mudando, ele começou a ficar super aflito e angustiado. Aí ele disse, mãe, acho melhor guardar meus brinquedos antes que eles se misturem com os daqui. A mãe resmungou qualquer coisa e continuou a bancar o Papai Noel.
Tinha uma arminha em especial que um outro garoto estava tentando brincar mas não tinha entendido muito bem o funcionamento. A dona da sacola então pediu que seu filho ajudasse. Ele foi, fofo, todo prestativo. E quando deu certo ele perguntou à mãe: posso atirar uma vez? Ela ficou brava, bufando e respondeu: não viu que o menino está brincando? O filho dela fez cara de choro e acho que ela nem viu. Juro, minha vontade era pegar ele no colo e dizer que ia ficar tudo bem.
Eu sei que tem que ensinar a não ser egoísta, e de pequeno. Mas sei também que as pessoas são diferentes e que cada um tem seu tempo, sua forma de funcionar. Saber dividir é uma arte que a gente como mãe tem que ensinar aos filhos, mas respeitando o limite de cada um. Uma tarde que era para ser super divertida se tornou sofrida demais para aquele menino. E a mãe dele nem se deu conta.
Eu levei como lição. Vou ficar muito mais atenta a essas situações.
Voltamos antes do previsto da viagem. Por um motivo muito triste. Eu perdi um tio muito muito querido. Um tio tão tio que tinha autoridade para ser meu pai se precisasse. E algumas vezes foi.
A dor da perda é indescritível. E ainda é difícil de acreditar no que aconteceu.
Na benção final o padre nos disse que temos que pensar que pessoas queridas são jóias que Deus nos empresta mas que em algum momento pega de volta. E que ao invés de ficarmos lamentando pela perda, temos que agradecer por essas jóias terem existido.
Nesse momento, eu desejei com toda a força que a minha filha tenha jóias tão preciosas quanto as que eu tive/tenho. Elas fazem a maior diferença na vida da gente.
Mãe de Menina.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A minha ficha caiu.
Cheguei atrasada para pegar Beatriz na escola.
Quando eu me atraso, o que não acontece com freqüência mas quando acontece corta o meu coração, ela me espera na sala dos mais velhos.
A sala dos mais velhos é no andar térreo, o berçário é subindo as escadas.
Ou seja, a Beatriz sempre desce no meu colo, nos dias normais.
Ontem eu cheguei, a recepcionista anunciou no microfone: Maria Beatriz e quando eu olho vem vindo de mãos dadas com a professora um toquinho de gente, de perninhas gorduchas e apressadas, com o sorriso mais lindo do mundo em minha direção.
Levei um susto.
Parece que caiu a ficha.
Eu tenho uma filha, que freqüenta a escola, e anda!!!
Acho que no dia a dia, as coisas acontecem tão rápido, o tempo voa tanto que eu só me dei conta de que a Beatriz cresceu ontem.
E ela cresceu muito rápido!
Até ontem ela era uma coisa mini, menor que uma régua de 60cm, só chorava.
Hoje ela fala, tem as vontades dela, toma café da manhã e janta comigo, já dorme na cama e não no berço...é gente!
Aí me deu muita saudades. Pela primeira vez eu tive saudades dela bebêzinha. Pensei que logo mais ela não cabe mais no meu colo, e nem vai querer ficar no meu colo.
Chegamos em casa e a Beatriz já estava dormindo, mas não coloquei ela na cama não.
Fiquei um tempão com ela no colo, curtindo meu bebezão.
Ainda mais porque eu não curti muito quando ela era pequenina.
A sensação de tempo perdido foi enorme.
Doeu.
Mãe de Menina
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Agora pra valer!
Tempos depois, com o sol brilhando no céu, ela foi devidamente apresentada àquela imensidão de água.
E foi amor à primeira vista, ou segunda. Parecia que ela tinha freqüentado a praia a vida toda!
A prova? Nos vídeos abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=ZrITk-9mKKw
http://www.youtube.com/watch?v=AvH-ypmvpsY
http://www.youtube.com/watch?v=FffptEthzJo
Mãe de Menina
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Missão dada é Missão cumprida!!
Esses últimos tempos foram corridos demais por causa do trabalho.
Tão corridos e cansativos que me deixaram de cama semana passada. Depois de ter passado 6 dias fora de casa em evento.
Seis dias longe da Beatriz, do Giovane e da Flor. Da minha casinha, da minha cama.
Foi punk.
O antes já foi confuso. Dias sem conseguir pegar a Beatriz na escola, minha santa mãezinha me ajudou muito!
Chegando tarde em casa, já cansada, meio sem paciência e também rezando para que a Beatriz, do alto dos seus 1 ano e 5 meses, de repente não fosse tão dependente de mim, assim ela não sentiria tanto a minha falta quando eu fosse viajar.
O dia da viagem foi se aproximando e eu fui ficando mais angustiada.
No último dia acordei chorando, nem consegui levá-la ao berçário porque se não ia ser um vexame.
Acho que não sairia de lá nunca mais.
Claro que ela se sentiu tudo isso. Por mais que eu tentasse disfarçar, o negócio é sensorial.
Mesmo mini ela sabe quando eu não estou bem. Vem me fazer carinho no cabelo, ou se acomoda no meu colo e fica quietinha, deitadinha.
Não tem nada mais revigorante.
Ela fica bem com o Giovane, claro! É pai dela! Até aprendeu a falar papai nesses dias. Deve ter pensado, já que a minha mãe se mandou, melhor eu garantir o meu pai.
Nos primeiros dias ela não dormiu direito. Queria colo, estava manhosa.
E o meu coração apertado do outro lado do telefone.
Nem nos falamos, porque quando ela ouvia a minha voz e fazia cara de choro.
Nesses casos, vale “o que os olhos não vêem o coração não sente.”
Foram dias muito doloridos. E o reencontro não foi como eu queria.
Estava largada na cama, com 39,5 de febre, sem conseguir ser mãe nem esposa, só conseguindo ser filha (sim, minha mãe quem cuidou de mim, de novo!).
O Giovane foi buscá-la no berçário (esse foi pai e mãe todos esses dias!) e disse que tinha uma surpresa para ela. Ela respondeu: “Mamãe!” com um sorriso no rosto.
Quando ela me viu fez uma festinha tímida, se acomodou no meu colo e ficou deitadinha um tempinho. Não muito, eu estava fervendo! Ela saiu molhada de suor!
Com o passar do tempo acho que a Beatriz ficou incomodada comigo naquela situação. E daí não queria muito chegar perto. A gente nem forçou nada, claro.
Eu consegui cuidar dela de verdade ontem apenas. E como eu estava com saudades nas nossas farras no banho, dos ataques de risada antes de dormir, de desenharmos juntas, dos bracinhos estendidos manhosos pedindo colo, da bagunça que ela faz na minha maquiagem, do bico lindo e charmoso que ela faz quando é elogiada...até dela me chamando às 6h30 da manhã, o som de despertador mais delicioso do mundo.
Ontem fomos ao aniversário do meu sogro. Ela entrou pela primeira vez na piscina da chácara dos pais do Giovane, mas esse feito merece um post exclusivo.
O que eu queria contar é que a avó do Giovane veio me dizer que ela estava bem tristinha no final de semana anterior, que eu estava viajando.
Foi meio bronca de Bisa do tipo, não faça mais isso com ela. Eu mudaria apenas para, não faça mais isso com vocês.
E “missão dada é missão cumprida”, certo?
Mãe de Menina
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Esse tal de vínculo afetivo

Que eu tinha que ficar com a Beatriz pertinho de mim, sentindo meu cheiro, meu calor e ouvindo meu coração bater para criar o tal vínculo.
Eu, que estava a caminho de Marte já, não registrei nada. Até tirava sarro.
Claro que meses depois a culpa veio, a galope, para me derrubar.
Nem sei se elas estavam certas. Se se cria o vínculo assim tão cedo e dessa maneira.
Talvez por causa da minha depressão pós parto o meu caso tenha sido diferente.
Lá em casa, quem foi atrás e fez acontecer foi a Beatriz, não fui eu.
No auge da minha ausência mental, com o jeitinho charmoso e cativante que só ela tem, a minha filha me trouxe de volta.
A cada olhar, sorriso, choro de manha direcionados a mim, ela me dava um puxãozinho de orelha.
Foi ela quem me tirou do transe me dizendo, mamãe, eu estou precisando de você, não só para trocar a minha fralda, me dar banho e me alimentar, mas para ser a minha mãe.
E eu fui voltando aos poucos, para ser a mãe da minha filha.
Meu amor pela Beatriz não foi à primeira vista. Nem à segunda.
Ele foi construído.
Hoje eu entendo esse vínculo, essa cumplicidade.
As trocas de olhar que dizem tudo, as brincadeiras secretas, os abraços apertados que surgem do nada, o beijo que ela só manda para mim quando estamos sozinhas, a segurança que ela sente comigo, a paz enorme que eu sinto quando ela adormece nos meus braços, as minhas palhaçadas que fazem ela rir e que eu só faço para ela, o jeitinho dela de me abraçar e me fazer carinho quando percebe que eu não estou muito bem, cada descoberta que ela vem me contar correndo cheia e orgulho e que eu faço a maior festa, o jeitinho fofo dela me chamar para brincar, assistir TV deitadas na cama, ficar enrolando para levantar nos finais de semana, as nossas cantorias e dancinhas no carro...
Foi a Beatriz quem me ensinou a ser mãe de verdade.
Não apenas a mãe prática e eficiente que eu era nos primeiros meses de vida dela.
Ela entendeu como as coisas funcionam muito antes de mim.
Me apresentou o caminho de volta e me transformou em uma mãe completa.
Esse tiquinho de gente...
Mãe de Menina
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Hora da saída
Há uns 10 dias a Beatriz deu para chorar quando eu deixo ela no berçário de manhã.
Chorou durante uns 3 dias e durante uns 2 fazia aquela carinha pré-choro.
Mas as berçaristas logo chamavam ela para brincadeira e o meu tchau era bem rapidinho para não fazer daquilo um grande acontecimento.
Aí passou.
Tivemos uns dois dias de vida normal e chegou uma nova moda.
A de me dar um gelo quando eu chego para buscá-la.
Eu chego, as berçaristas logo dizem: Olha a mamãe da Maria Beatriz!
Ao invés de vir correndo e se jogar nos meus braços ela me olha e em seguida vira a cara como se eu fosse um poste.
Eu chamo, finjo que vou embora, as berçaristas intervém, e nada.
Teve um dia até que ela foi chorando até o carro, jogando o corpinho em direção à escola.
Logo passa e ela começa a me chamar e a fazer charme para me consquistar de volta.
E a daí as brincadeirinhas que ela mesma inventou para se distrair no caminho de volta para casa começam.
Eu tenho reparado que a percepção do mundo para Beatriz mudou de uns tempos para cá.
Ela enxerga tudo de um jeito diferente.
Faz umas duas semanas fomos ao Moisés torcer para o Red Bull. A Beatriz vai ao estádio desde os 4 meses de idade.
Já entrou com os jogadores, inclusive.
Mas dessa vez ela teve medo.
Lá do alto do camarote, que nem é tããão alto assim, ela olhou o gramado e se encolheu no meu colo.
Durante o intervalo em que o som é mais alto, ou na comemoração do gol, ela também não ficou lá muito feliz da vida.
Antes de ontem estavamos em casa assistindo TV, os três juntos, e eu comecei a contar sobre essa nova moda da hora da saída.
Ela percebeu o assunto e parou o que estava fazendo para prestar atenção.
E eu disse, dá próxima vou levar a Juju ou a Carol embora e deixo a Beatriz por lá mesmo já que ela não quer vir para casa.
Ela armou seu charmoso bico e veio se sentar ao meu lado, me juntinha.
O Giovane dando palpites e ela de bico, cara baixa, só ouvindo.
Depois passou.
Tá na cara que ela percebeu que a mamãe aqui deixa ela na escola o dia todo para fazer sei lá o que.
E deve pensar que raio de mãe é essa, afinal?
É a mamãe que trabalha fora, o dia todo, ué.
Ontem eu arrisquei uma tática nova.
Já cheguei falando que ia levar a Carol embora, a melhor amiga da Beatriz.
Chamei a Carol, brinquei com ela.
A Beatriz primeiro ficou olhando de longe. Mas logo veio correndo ao meu encontro dizendo mamãe, mamãe, me pediu colo e fomos para casa.
Sem drama.
Quem tem, tem medo, né?
Mãe de Menina
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A primeira vez da Beatriz no mar
E sobre uma primeira vez da Beatriz. A primeira vez na praia. No mar.
Foi uma meia primeira vez, na verdade. Porque estávamos todos sem traje de banho e tal.
O tempo não estava dos melhores. E não tínhamos nada programado.
A princípio era apenas um inocente passeio pela orla.
E foi incrível. Ela amou! Queria se jogar na água, nada de medo.
O meu irmão e a minha cunhada se encarregaram de registrar esse momento.
O Giovane e eu ficamos só babando, obviamente.
Tem um filminho de qualidade não muito boa.
E algumas fotos.
Como imagens valem mais do mil palavras...
http://www.youtube.com/watch?v=QmzwVdgx4Ug
Mãe de Menina
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Caso Neymar.
Piadas à parte (que aliás são ótimas. A minha preferida é: ‘Quem Deus pensa que é? Neymar?’ hahahaha) essa história toda é muito triste.
Ainda mais do ponto de vista de uma mãe.
Guardadas as devidas proporções (calma, não surtei e não acho que a Beatriz seja um fenômeno!) esse deslumbre causado por forças externas muito me preocupa.
Mesmo quando não é intencional, tem um efeito muito grande e às vezes irreversível na vida da pessoa em questão.
Imagina a cabeça desse menino agora que derrubou o técnico do time. Se ele já estava inflado, agora então. É Deus mesmo. Acima de tudo e de todos.
Eu já falei aqui que a Beatriz é primeira neta, sobrinha, filha de prima, tudo o que se possa imaginar, da minha família e da família do Giovane.
Então, desde que eu fiquei grávida foi aquele alvoroço. Primeiro, em volta da barriga, depois dela mesmo.
Ninguém faz por mal, mas ninguém consegue também dimensionar o mal pode fazer para uma criança não escutar não, não saber lidar com as frustrações.
Bebê é aquela coisa, cativa, ninguém quer que chore, que se ofenda por nada, que fique magoada porque recebeu não.
Mas a vida é assim.
A gente ouve não o tempo todo e tem que aprender a levantar a cabeça e seguir em frente.
O mais importante de tudo é aprender a não viver em volta do próprio umbigo.
Tem que saber que existe o outro e se importar com isso. De coração.
Fico com pena do Neymar.
Eu acho que quem mais vai sofrer nessa história toda é ele.
E ele nem deve fazer idéia disso...
Mãe de Menina
Vai lá, Dorinha!!!
Aquela vidinha que você ganha de presente, sem precisar pedir, vai tomar conta da sua vida.
Vem chegando de mansinho e vai ocupando os espaços livres e também os ocupados.
Conquista o nosso coração com suas mãozinhas, que parecem nuvens macias, com aqueles olhinhos trigueiros que estão sempre olhando no fundo das nossas almas.
Quando percebemos já estamos completamente entregues e sem forças para resistir.
E o sorriso de um neto! Nos faz dançar, pular de alegria.
Que serzinho é esse que faz de nós tudo o que quer. Viramos palhaças, contadoras de histórias, compositores, c ozinheiras, enfermeiras, cantoras... tudo para que essa coisinha mais rica se divirta, se sinta bem.
E o orgulho que nos dá exibi-los. Saímos orgulhosas segurando aquele troféu e achando que é o mais bonito, o mais inteligente, o mais, o mais, o mais. E pouco importa se alguém discordar, afinal, existe gente sem gosto no mundo.
Nem sempre temos nossos netos perto de nós, ou quando queremos, pois existem os pais (sempre vigilantes) entre nós, por isso quando estamos juntos temos que aproveitar ao máximo. Cada minuto deve ser desfrutado, aproveitado intensamente. Isso torna mágico cada encontro.
Acho que Deus é muito caridoso com os seres humanos, pois no momento em que perdemos a juventude, os filhos crescem e saem de casa, ele nos manda os netos. O que mais podemos querer?
Só posso dizer: Obrigada, Senhor por ter me mandado essa riqueza que é a Maria Beatriz, minha neta.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Mãe é Mãe. Com letra maíscula mesmo.
Eu recebi esse texto pela primeira vez quando estava grávida, nem me lembro de quem.
Também não sei quem escreveu.
E apesar de ter me emocionado quando li, acho que o sentimento na época foi mais de 'ai meu deus' ou qualquer coisa parecida.
Hoje, com a Beatriz grandinha e eu recuperada, me acabo de chorar quando releio.
E percebo que quando eu lia, não pegava realmente o espírito da coisa, sabe?
Eu acho lindo demais! E verdadeiro.
"Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.
'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?'
'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas...'
Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela.
Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que se tornar mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?'. Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote.
Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor blusa sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade.
Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. E então, ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um
molestador de crianças possa estar observando no banheiro.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida - não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra...
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.
Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pêlo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer.
O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se arrependerá', digo finalmente.
Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus...
...que é ser Mãe!"
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
BBB Big Baby Brasil

Faz um tempo que eu ouço no rádio a divulgação de um novo serviço do Hospital e Maternidade São Luiz: agora é possível que o parto seja acompanhado pela internet.
Isso mesmo. Os pais contratam o serviço e ganham uma senha que pode ser distribuída entre parentes e amigos.
E aí, na hora da cesárea, todo mundo assiste a chegada do bebê. Cada um do seu computador.
A moça que faz o anuncio deixa claro que nenhuma cena mais forte e impactante será mostrada.
É o mínimo, já que se trata de uma cirurgia.
E eu sei também que existem aquelas salas de parto tipo aquário.
Uma das paredes é de vidro, o que possibilita que os convidados fiquem sentadinhos, assistindo a cesárea.
Uma amiga já participou de um evento desses como convidada.
E me lembro bem que ela não ficou muito confortável com a situação.
Eu acho invasivo. Desconfortável. Meio sem noção.
Sorry aos adeptos!
Ok, é o nascimento de um bebê. Do neto de alguém, sobrinho, primo, bisneto, afilhado...
Mas não justifica.
Existem momentos e momentos. Pra tudo.
E eu acho que esse momento, do nascimento em si, é dos pais.
Ou de quem a mãe quiser que esteja ao lado dela.
Quando eu entrei na sala de cirurgia só perguntava pelo Giovane. Só me acalmei quando ele chegou.
Eu estava muito chapada e ainda muito assustada com tudo o que estava acontecendo quando me deram a Beatriz pela primeira vez.
Mas me lembro com clareza que ela parou de chorar quando foi colocada sobre mim.
E me lembro de sentir a presença do Giovane na sala. Nem sempre ao meu lado, porque ele estava feito barata tonta andando de um lado para o outro da sala.
Mas eu sabia que ele estava lá. E era só isso que eu precisava naquele momento.
Fiquei sabendo da festa no berçário quando a Beatriz chegou por lá. Eu estava na segunda fase da cirurgia e demorei bastante para voltar para o quarto.
Era tanta gente na expectativa que as enfermeiras se cutucavam e comentavam sobre a zona que as nossas famílias estavam fazendo.
A quantidade enorme de flashes e ‘aaahhh’ conforme elas cuidavam da minha filha e viravam ela para a animada platéia.
O Giovane ainda meio atordoado levou um susto também quando foi ao encontro deles. Era realmente muita gente.
Essa espera é uma farra para todos também. E faz parte desde que o mundo é mundo. Ou não?
Então.
Dá pra entender que existem momentos e momentos?
Para mim é muito claro.
Fora que não dá para esquecer que se trata de uma cirurgia, né?
Não que um parto normal fosse tornar as coisas mais confortáveis...
Mas fico pensando qual o próximo passo?
Presenciar o ato sexual pelo qual o bebê é concebido?
Hahahaha peloamoooor!!!!
Mãe de Menina
PS – o título foi idéia do Giovane. Ele é bem melhor nisso do que eu. Por isso eu “vou na dele” de vez enquando. :)
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O primeiro exame de sangue da Beatriz
Foi de rotina, de 1 ano. O pediatra pediu exames de fezes e urina também que já tínhamos feito.
Eu achei que ela fosse abrir o berreiro! Que nada!
Só chorou quando a enfermeira colocou a agulha e um pouquinho mais na hora de tirar.
Muito corajosa essa minha filha!!
Acho que a parte mais difícil mesmo foi ficar 4 horas em jejum.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Pagando de modelo!
Fui entrar no site e olhem a minha supresa!
E tem mais foto na galeria!
A Beatriz tá chique demais! :)
Mãe de Menina