segunda-feira, 28 de março de 2011

É bom ter filho, gente! Muuuito bom!

Da mãe: "Filho a gente carrega nove meses na barriga e o resto da vida nas costas."
Do pai: "Gosto das crianças do Japão: estão a 20mil km de distância e quando eu estou acordado elas esão dormindo."
Do filho: Nossa, pai. é isso que você pensa mesmo?"
Da mãe: "Tá vendo como criança é inconveniente? Nem sabe a hora certa de falar. Estamos conversando, fulano. Agora não é hora."

Esse era o papo que rolava em uma das áreas comuns do hotel em que passamos o Carnaval. Giovane e eu nos olhamos totalmente passados com aquela cena. Porque...precisa dizer o porquê? E não era uma piada.

Essa situação é tão absurda que eu estou com esse post parado desde que voltamos e não consigo finalizá-lo. Verdade.

Primeiro a falta de respeito. E nem vamos considerar que são pais e filhos. Pensemos que são pessoas, seres humanos, iguais entre si. Não se trata ninguém assim, não se fala mal das pessoas, muito menos na frente delas como se elas nem existissem (não sou a Madre Teresa, mas me policio demais em relação a esse assunto e chego a ser chata com as pessoas que convivo, porque não acho legal mesmo. Também não gosto de julgar as pessoas, mas dessa vez não teve jeito).
Além de tudo, os pais estão sendo péssimos exemplos de como tratar os outros.

Agora sim: são pais falando dos filhos. Recentemente assisti Cisne Negro e O Discurso do Rei. São dois filmes bem diferentes, mas no final das contas, os protagonistas são adultos atrapalhados por pais que não fizeram seu trabalho direito. Imaginem só os filhos desse casal? Estamos formando pessoas. Dá para culpá-los caso algo dê errado quando forem adultos. Não, não dá....
A gente só descobre o que é ser pai/mãe quando o bebê está ali na sua frente. Aí não tem mais jeito mesmo. Mas se teve o primeiro e achou que deu muito trabalho, não tenha o segundo, por gentileza.

E entrando no mérito da questão: ok, ter filho é trabalhoso. A gente fica cansada, em segundo plano, mais apertada de grana e etc etc etc. Mas pelo amor! Não é para tanto. Nem de longe!
As pessoas tem filhos há não sei quantos mil anos, até por isso estamos aqui. Minha avó teve 6. A cunhada dela, 11. Minha própria mãe já me disse que teria tido mais. Ou seja, não deve ser tão ruim assim, certo?

Aí eu pensei, pensei, pensei e só consigo concluir que as pessoas devem estar muito mais egoístas. Porque ter filho é meio que uma sessão intensiva de desapego. Para as mulheres, começa com o próprio corpo. E para os homens, com a própria mulher. Mas isso todo mundo sabe, então, vamos pensar mais antes de agir?

Tudo isso é uma pena. Porque deixam de aproveitar a parte boa, que não tem preço.
Gerar uma vida dentro de você é muito louco. A gente tem, por alguns meses, dois corações. Dar a vida a uma pessoinha chega a ser divino, coisa de Deus mesmo. Acompanhar suas descobertas, seu desenvolvimento. Suas alegrias e tristezas. Ter herdeiro. Descobrir que ela é birrenta como você. Que é a cara do pai quando está dormindo. Que tem o abraço mais aconchegante do mundo mesmo com bracinhos tão curtos.


Ter filho é bom demais. Boooom demais, gente.
Então, vamos pensar em formar pessoas bacanas, seguras, felizes com o que são? É só amá-los como eles merecem. E eles merecem.
Juro que não dá pra entender...

3 comentários:

  1. Ana, vc disse tudo: ter filhos é uma sessão intensiva de desapego. Por isso falamos tanto em Deus e em sentimentos divinos quando falamos da maternidade, porque o amor que Deus prega é assim: desapegado, incondincional. Talvez por isso as pessoas não queiram mais a maternidade como antes. Dá trabalho sim, encurta a grana sim, a gente perde a paciência às vezes sim. Mas nem tudo é perfeito. O exercício da maternidade também nos ensina a ter mais paciência e lidar com situações de estresse.

    Abraços

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  2. concordo com o post ana, o negócio é pensar bem mesmo! por isso q eu não tenho certeza se é pra mim, pq detesto pensar q posso me tornar uma pessoa de mal com a vida, reclamona! pq se é pra ter, q dê tudo de si!!!

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  3. É isso mesmo, ter filho é maravilhoso sim, mas cansativo! Uma mistura de sentimentos que não dá para explicar.

    Mas se a pessoa resolver ter um filho então é obrigação educá-la para ser uma pessoa de bem, respeitosa e um bom cidadão. QUe tipo de adulto será essa criança com esse tipo de educação?

    Como diria a @dorianamae: - CHAMA O CONSELHO TUTELAR!!!! ehehehehe!

    Bjs

    Elaina
    http://www.vidademae.net/

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