Criança é de fase. Cada hora uma novidade.
E a gente tem que rebolar para recolocar as coisas no eixo.
Um eterno aprendizado!
Semana passada a Maria Beatriz começou a reclamar no carro.
Ok, a escola não é suuuper perto. Mas também nao é suuuper longe.
E a gente sempre se divertiu no caminho.
Eu sou a rainha das brincadeiras no carro.
Enfim, ela começou com uns gritinhos AAAHHH AAAHHH.
Não era choro porque algo estava incomodando, entendam, esses gritinhos não tinham nenhum fundamento, nenhuma razão de ser.
Mãe sabe a diferença.
A minha primeira reação foi tirar da manga todas as brincadeiras que geralmente funcionam.
E não deu certo.
Aí eu tentei novas brincadeiras.
Que também não deram certo.
Coloquei o CD do Balão Mágico, na música do Tonico me bateu.
Ela adora porque entende quando fala Mãe e ai ai e daí consegue cantar junto.
Nada ainda.
Comecei a gritar também (a gente faz cada coisa) e ela até riu por um momento, mas logo depois o AAAHHH voltou. E não dava para ficar gritando o caminho todo, né?
Ah! Foram dias de tentativas.
Dias em que a Beatriz estava determinada a continuar com o seu AAAHHH, no matter what!
Às vezes ela mesmo se cansava e o AAAHHH perdia a força.
Aí acho que ela se lembrava que estava no meio de um protesto e aumentava o volume.
Agora fica até engraçado! :)
Em parte porque não tinha realmente mais nada a fazer, tive uma grande idéia: não fazer nada mesmo.
É, deixar ela e o seu AAAHHH sozinhos. Curtindo o momento.
Então, quando Beatriz começava, eu aumentava um pouco a música e ficava cantando e dançando do tipo, não estou te ouvindo.
Ok, pode parecer briga de criança, mas eu não tinha realmente mais nenhuma alternativa.
Ah! E vale o AVISO: Se você não for paciente e não tiver muita força de vontade não tente isso em casa!
No primeiro dia nada mudou.
A partir do segundo, o AAAHHH começou a ter pausas.
Ora para me mostrar uma moto que estava passando.
Ora para me mostrar um caminhão que estava passando.
Ora para me chamar para dançar.
Ora para me mostrar um carro vemelho (meu carro é vermelho e ela aponta todos os que vê e diz: mamãe)
Ora para, acreditem, chamar minha a atenção mesmo do tipo, estou me esguelando aqui e você não vai fazer nada? Eu olhava para ela, ela fazia cara de sofrimento e lá vinha ele: AAAHHH.
E hoje cedo nossa ida à escola foi tranquila, como sempre.
Essa fase passou. Sim!!!
Ela abandonou o AAAHHH e a paz voltou a reinar no nosso trajeto diário casa-escola-casa.
E eu aprendi que às vezes o melhor a fazer é não fazer nada!
Ufa!!
Essa mamãe está ficando cada vez mais sábia. É isso aí, muitas vezes o melhor é deixar que cada um perceba os seus limites e o limite dos outros. Força, vc está traçando um futuro equilibrado para sua filha e ela então será mais feliz. Beijos querida. Dora
ResponderExcluirhahahaha... o João faz exatamente a mesma coisa. Mas no caso dele não foi uma fase, ele tem os dias dele de mau-humor...também, pudera, atravessar a cidade em 1 hora de trânsito, às vezes mais, é de deixar qualquer um louco. E o remédio pra ele é o mesmo:deixar ele por esse grito pra fora até ficar mais calmo, não tem o que fazer. Às vezes ele começa com o "Nãão, mamãe" do nada, eu pergunto "não o que, filho?", e ele repete incasávelmente "Nãão mamãe" até cansar....
ResponderExcluirna verdade eu sei o motivo do não dele, eu tb não queria estar ali, mas finjo não entender, pra não me sentir mais culpada.
Estamos indo bem, Ana!
Beijos